Exposição Agora ou na Hora de Nossa Morte em São Leopoldomarca abertura da Semana da Paz em Casa
(Imagem meramente ilustrativa. Divulgação/CNJ)
A abertura da exposição itinerante Agora ou na Hora de Nossa Morte ocorreu na manhã desta segunda-feira, 25/11, no quinto andar do Foro da Comarca de São Leopoldo. A atividade faz parte da 15ª edição da Semana da Justiça pela Paz em Casa no Judiciário gaúcho.
A mostra, lançada em 2017, retrata casos de feminicídios. Sutiãs pretos simbolizam mulheres brutalmente mortas pelos maridos e companheiros. Em painéis, os relatos das vítimas e suas famílias, e dos crimes cometidos. Em áudio, são contados relatos de mulheres que sobreviveram às agressões. A exposição venceu o Prêmio Nacional de Comunicação e Justiça 2018, na categoria Inovação. O projeto foi organizado pela Corregedoria-Geral da Justiça, em parceria com o Memorial do Judiciário e a Unidade de Imprensa do TJRS.
Juíza-Corregedora Gioconda Fianco Pitt,titular da Coordenadoria Estadual das Mulheresem Situação de Violência Doméstica e Familiar,afirmou ser necessário chamar a atenção da sociedadesobre a violência contra a mulher(Foto: Eduardo Nichele)
A Juíza Michele Scherer Becker, do Juizado da Violência Doméstica de São Leopoldo, falou sobre a importância de ações como essa: "É uma exposição de casos reais, ocorridos entre 2009 e 2015. O objetivo é impactar e sensibilizar sobre a violência doméstica e o ápice dessa violência, que é o feminicídio. Tudo começa com um xingamento, uma ameaça, ou outros fatos, e precisamos trabalhar para combater essa violência", afirmou a magistrada.
A Juíza-Corregedora Gioconda Fianco Pitt, titular da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar, participou da cerimônia de abertura. "Precisamos fazer esse alerta para que os números de violência diminuam. Temos que chamar a atenção da sociedade sobre essa violência. Este ano, entre janeiro e junho, tivemos 51 mil medidas protetivas concedidas no Rio Grande do Sul e 1.100 casos de feminicídio tentados ou consumados. Acreditamos que as mulheres estão mais encorajadas com a rede de apoio e que podem pedir ajuda", avaliou a Juíza-Corregedora.Â
Juíza Michele Scherer Becker,do Juizado da Violência Doméstica de São Leopoldo,falou sobre a importância de ações como essa:"Objetivo é impactar e sensibilizar sobre a violência domésticae seu ápice, o feminicídio"
Presenças
Também participaram da abertura da exposição o Juiz de Direito Ivan Fernando de Medeiros Chaves, Diretor do Foro da Comarca de São Leopoldo, as Juízas Maira Grinblat e Luciana Beledeli, respectivamente do 1º e do 2º Juizados da 1ª Vara Cível de São Leopoldo, o Juiz Tiago Tweedie Luiz, titular do 2º Juizado da 2ª Vara Cível de São Leopoldo, os Promotores de Justiça da Promotoria de Justiça Criminal de São Leopoldo, Marcela Romera e Eduardo Bodanezi Lorenzi, a Delegada da Delegacia de Polícia Especializada no Atendimento à Mulher de São Leopoldo, Michele Mendes Arigony, o Delegado de Polícia da 3ª Delegacia de Polícia Regional, Eduardo Hartz, o Comandante do 25º Batalhão da Brigada Militar de São Leopoldo, Tenente-Coronel Sérgio Gonçalves, o Presidente da OSC Ponto Gênero, Júlio Sá, a Secretária Municipal de Políticas para Mulheres de São Leopoldo, Vanessa Saraiva, a Coordenadora do Centro Jacobina de São Leopoldo, Ana Cláudia Pinheiro de Oliveira e a representante da Comissão da Mulher Advogada da Subseção São Leopoldo da Ordem dos Advogados do Brasil, Aline Dantas Muller Neto.
Sutiãs pretos simbolizam mulheres brutalmente mortaspelos maridos e companheiros. Em painéis, os relatos dos crimes cometidos.Em áudio, relatos de mulheres que sobreviveram às agressões
16 dias de Ativismo
E, no centro de Porto Alegre, para marcar o Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher (25/11), foi organizada uma atividade interinstitucional com caminhada, distribuição de panfletos e orientação às mulheres. O evento faz parte da Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres. Esta é uma mobilização internacional que ocorre todos os anos desde 1991.
A Juíza Madgéli Frantz Machado, titular do 1º Juizado da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher da Comarca de Porto Alegre, participou da ação na chamada "esquina democrática" da Capital, entre a Rua dos Andradas e a Avenida Borges de Medeiros. Ela conversou com a população e falou sobre os serviços oferecidos e os procedimentos em casos de violência.
Juíza Madgéli Frantz Machado, titular do 1º Juizadoda Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher de Porto Alegre,conversou com a população na esquina democráticae falou sobre os serviços oferecidos e os procedimentos em casos de violência
Programação XV Semana da Justiça pela Paz em Casa - Porto Alegre
25/11 a 29/11: audiências de acolhimento em casos de medidas protetivas e de instrução e julgamento em processos criminais 26/1114h: Inauguração da exposição "Tecendo Sonhos", do Grupo de Acolhimento, coordenado pela voluntária Glaci Borges de Assis e pela servidora Viviane Marques. Aberto ao públicoLançamento do Projeto ¿Aromas de Esperança¿, em parceria com a Panvel Farmácias. Local: Hall dos Juizados de Violência Doméstica. Aberto ao público14h30min: Palestra para o Grupo de Acolhimento, a cargo do SENAC. Atividade exclusiva para participantes do Grupo. 28/1115h: Cerimônia de lançamento da campanha Tod@s por Elas, do TJRS. Aula coletiva de defesa pessoal para mulheres. Local: CETE (Centro Estadual de Treinamento Esportivo - Rua Gonçalves Dias, 700) 29/11 - Atividade especial Grupo Reflexivo de Gênero. Atividade exclusiva para participantes do Grupo.Justiça pela Paz em Casa
O Programa Justiça pela Paz em Casa é promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com os Tribunais de Justiça estaduais com o objetivo de ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006), concentrando esforços para agilizar o andamento dos processos relacionados à violência de gênero.
Durante uma semana, três vezes ao ano, o Judiciário concentra-se no julgamento de processos relativos aos episódios de violência e de feminicídio, assim como palestras, cursos de capacitação e fortalecimento da questão de gênero, junto à sociedade civil.
De acordo com o CNJ, ao longo das 14 edições da campanha, foram realizadas 218,1 mil audiências; proferidas 188,6 mil sentenças; concedidas 96 mil medidas protetivas e realizadas 1.396 sessões do Tribunal de Júri. Na 14ª edição foram cerca de 22 mil audiências realizadas, 17 mil sentenças proferidas e oito mil medidas protetivas concedidas. Houve o julgamento de 96 casos de feminicídios ou tentativas em sessões do Tribunal do Júri.
EXPEDIENTETexto: Patrícia CavalheiroAssessora-Coordenadora de Imprensa: Adriana Arendimprensa@tj.rs.gov.brÂ
Publicação em 25/11/2019 15:12Esta notícia foi acessada 97 vezes.Fonte: Tribunal de Justiça do Estado do do Rio Grande do Sul